quinta-feira, 12 de agosto de 2010






consumo e reciclagem: desvio de foco na educação ambiental


Consciência limpa

O aumento considerável de campanhas a favor da reciclagem nos mais diversos setores socioeconômicos, promovendo o estímulo à reinserção na cadeia produtiva de um sem número de escórias provenientes de nossa sociedade baseada no consumo. Por um lado, acredito que seja um dos primeiros passos para se estabelecer uma consciência coletiva quanto à escassa disponibilidade de recursos do planeta. Novas gerações passam a ser relativamente conscientes da importância de preservá-los. Não se pode prescindir da reciclagem, já que são óbvias as suas vantagens em comparação a não fazê-la. Geram-se empregos (mesmo que em grande parte informais, outro desafio), reduz-se a pressão na extração dos recursos virgens, adiando uma real possibilidade de colapso na sua disponibilidade e ainda diminui-se o volume de resíduos nos aterros, prorrogando sua vida útil.

Educação ambiental: mudança de enfoque

É evidente que a reciclagem é necessária. Suficiente? Longe disso. A conscientização ambiental voltada para o “ser” deve ser priorizada como forma de combater a pressão sobre os recursos naturais. Assim, a mudança de enfoque na educação deve prestigiar um novo sistema capitalista, que começa no valor do indivíduo e da sua relação com o coletivo. Esta mudança priorizará o compartilhamento dos recursos e serviços naturais disponíveis, visando ao equilíbrio entre as vertentes econômica, social e ambiental (e por que não espiritual?). Decreta-se, destarte, o fim do consumismo como um ardiloso meio para se atingir a felicidade; neste caso, efêmera. E que se reciclem as mentes humanas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário